“Envolver-se na política é uma obrigação para um cristão. Nós, cristãos, não podemos nos fazer de Pilatos e lavar as mãos. Não podemos! É fácil dizer que a culpa é dos outros… Mas eu, o que eu faço? Isto é um dever! Trabalhar pelo bem comum é um dever do cristão”.
(Papa Francisco. 07/06/2013)
Estimados irmãos de pátria, estamos muito próximos de mais um importante momento eleitoral na política brasileira.
Mesmo com as tensões e desconfortos deste período, não nos deixemos abater, nem adotemos uma postura passiva. Lembrando de nossos irmãos cristãos do passado, homens e mulheres que deram a vida pela construção da Civilização Ocidental, precisamos entender que, enquanto estivermos vivos, é a nossa vez de assumir, com coragem e alegria, o protagonismo da História.
“Os fiéis leigos não podem de maneira nenhuma abdicar de participar na ‘política’, ou seja, na multíplice e variada ação econômica, social, legislativa, administrativa e cultural, destinada a promover de forma orgânica e institucional o bem comum”. (Papa João Paulo II. Christifideles laici. Nº 42)
Então, para escolher os candidatos que receberão os nossos votos no dia 2 de outubro, precisamos definir critérios e colocá-los em uma ordem de prioridades. A Associação Nacional Pró-vida e Pró-família deseja, com esta nota, encorajar a todos para que coloquem duas realidades no topo das prioridades: a defesa da vida humana, desde a concepção; e a proteção e promoção da família, fundada no matrimônio monogâmico entre pessoas de sexo oposto.
“A estrutura democrática, sobre a qual pretende construir-se um Estado moderno, seria um tanto frágil, se não tiver como seu fundamento a centralidade da pessoa”. (Nota Doutrinal sobre católicos na vida política. Nº3)
“Se uma mãe pode matar o seu próprio filho, em seu próprio ventre, o que nos impede, a você e a mim, de nos matarmos um ao outro?”. (Madre Teresa de Calcutá. 1979)
“O matrimónio e a família constituem um dos bens mais preciosos da humanidade”. “A família é a primeira e fundamental escola de sociabilidade”. “O futuro da humanidade passa pela família!”. (Papa João Paulo II. Familiaris Consortio. Nº 1, 37,85)
Nos últimos 70 anos, o Brasil vem sofrendo – crescente e gradualmente – com a ação de inúmeras entidades internacionais que, com fins de controle populacional e com algumas raízes eugênicas, têm feito investimentos milionários para forçar o Brasil a uma cultura por demais estranha a nós: uma Cultura de morte, em que se propõe eliminar vidas humanas brasileiras, por meio da legalização do aborto a todo custo e, ao mesmo tempo, arruinar as bases da família, por meio da desconstrução da identidade do homem e da mulher, e da sua complementariedade.
“O aborto nada resolve, mas mata a criança, aniquila a mulher e obceca a consciência do pai da criança, destruindo frequentemente a vida familiar”. (Papa Bento XVI. 2011).
“Renovo sobretudo a vós, mulheres, o convite a defender a aliança entre a mulher e a vida”. (Papa João Paulo II. 22/05/03)
“Este horizonte de luzes e sombras deve nos tornar conscientes de que estamos perante um combate gigantesco e dramático entre o mal e o bem, a morte e a vida, a Cultura da Morte e a Cultura da Vida”. (Papa João Paulo II. Evangelium Vitae. Nº 28)
Dado o protagonismo regional do nosso país e a tenacidade de suas raízes cristãs, seguimos como alvo dessa Cultura da Morte, que é sutil no agir, mas potente e explícita no destruir. Assim, não podemos ser ingênuos, nem lentos! Nesta reta final das escolhas para nossos votos, gastemos tempo pesquisando sobre o que pensam – e como agem – nossos candidatos em relação aos assuntos apresentados acima. Façamos uma análise cuidadosa e profunda, buscando seus votos e pronunciamentos anteriores, suas atitudes, dispositivos partidários e programas de governo.
Cristão não vota em candidatos e legendas favoráveis ao aborto e à ideologia de gênero, nem nos que são contrários aos valores cristãos e à família. Nesse sentido, uma ferramenta que poderá nos ajudar a identificar candidatos alinhados é a campanha “A Vida Depende do Seu Voto”, do Movimento Brasil Sem Aborto, que tem viabilizado um compromisso formal dos candidatos que se declaram a favor da vida.
O calor político está intenso, mas não podemos renunciar à missão de escolher quem conduzirá nosso estado, nossa nação e nossas leis. Que o Espírito Santo conduza nosso discernimento!
“Encontramo-nos não só diante, mas necessariamente no meio de tal conflito. Todos estamos implicados e tomamos parte nele, com a responsabilidade de decidir incondicionalmente a favor da vida”. (Papa João Paulo II. Evangelium Vitae. Nº 28)
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Campanha “A Vida Depende do Seu Voto”: www.brasilsemaborto.org